sábado, 5 de maio de 2012

Artigo sobre Finanças - O Exemplo de John Wesley

John Wesley (1703-1791) é conhecido como um pregador que revolucionou a Inglaterra do século XVIII. Foi um instrumento de avivamento e influenciou profundamente a igreja com seus ensinos sobre santificação. Poucos talvez saibam que ele ganhou muito dinheiro com a venda de seus livros e panfletos e que sua renda o classificava como um dos homens mais ricos da Inglaterra do seu tempo. 
Você sabe dizer o que John Wesley fez com o dinheiro? O artigo  a seguir foi publicado originalmente em inglês, na revista norte-americana Christian History, em 1988, e nos ajuda a compreender a visão do fundador do metodismo sobre o uso do dinheiro. Leia e aprenda com John Wesley:
Como usar o dinheiro?
John Wesley pregava muito sobre o uso correto do dinheiro, e de como somos apenas despenseiros de Deus. O propósito de Deus em nos abençoar financeiramente é para podermos compartilhar com aqueles que não têm. Para Wesley, gastar em coisas supérfluas ou além do básico necessário é roubar de Deus.
É difícil imaginar este grande pregador, que falava tanto sobre o amor, ficando irado ou expressando ódio para alguma coisa. Ele até ensinava que o amor de Deus pode encher de tal forma nosso coração que seremos capazes de amar perfeitamente a Deus e ao nosso próximo.
Mas havia uma palavra que Wesley realmente detestava. Era a palavra que as pessoas usavam para justificar gastos extravagantes ou um estilo de vida materialista. Diziam: “Mas tenho condições de comprar aquilo ou de viver assim”. Para ele esta expressão “tenho condições” era vil, miserável, imbecil e diabólica, pois nada do que temos pode ser considerado nosso. Nenhum cristão verdadeiro jamais deveria usá-la.
Ele não só pregou, mas viveu este princípio na prática. Numa época em que uma pessoa podia viver tranqüilamente com £30,00 (trinta libras) por ano, Wesley começou ganhando mais ou menos isto no início de sua carreira de professor da universidade. Um dia, porém, notou uma empregada doméstica que não tinha agasalho suficiente no inverno, e que não tinha nada para lhe dar, pois já gastara todo seu dinheiro para si mesmo. Sentiu-se fortemente repreendido por Deus como mau despenseiro dos seus recursos.

Daí em diante, reduziu ao máximo suas despesas para poder ter mais para distribuir. Com o tempo, sua renda anual passou de £30,00 a £90,00, depois a £120,00 e anos mais tarde chegou a £1400,00. Entretanto, nunca deixou de viver com as mesmas £30,00, e de dar todo o restante. Segundo seu próprio testemunho, nunca teve mais que £100,00 no bolso ou nas suas reservas. Ensinou que quando a renda do cristão aumentasse, devia aumentar seu nível de ofertas, não seu nível de vida.

Quando morreu, deixou apenas algumas moedas nos bolsos e nas gavetas, e os livros que possuía. A grande maioria das £30.000,00 que ganhou durante sua vida (com panfletos e livros) foi doada a pobres e necessitados. Wesley baseava sua prática em cinco pontos fundamentais: 1. Deus é a fonte de todos os recursos do cristão. Ninguém realmente ganha dinheiro por sua própria esperteza ou diligência. Pois Deus é a fonte de toda energia e inteligência. 2. Os cristãos terão de prestar contas a Deus pela forma como usaram o dinheiro. Em qualquer momento, podemos ter de prestar contas a Deus. Por isto, nunca devemos desperdiçar o dinheiro agora, pensando em compensar futuramente. 3. Os cristãos são mordomos do dinheiro do Senhor. Somos apenas agentes dele para distribuí-lo de acordo com sua direção. Portanto, não temos condições de fazer algo contrário à sua vontade. 4. Deus concede dinheiro aos cristãos para que o repassem àqueles que têm necessidade. Usar este dinheiro para nós mesmos é roubar de Deus. 5. O cristão não tem mais direito de comprar algo supérfluo para si mesmo do que tem de jogar o dinheiro fora. Com isto em mente, Wesley dava quatro conselhos quanto às prioridades de Deus para o uso da renda individual do cristão: 1. Suprir todo o necessário para si mesmo e a família (1 Tm 5.8). 2. “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1 Tm 6.8). 3. “Procurai as coisas honestas, perante todos os homens” (Rm 12.17), e “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma” (Rm 13.8). Depois de cuidar das necessidades básicas, a próxima prioridade é pagar os credores, ou providenciar para que todos os negócios sejam feitos de forma honesta, sem incorrer em dívidas. 4. “Façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10). Depois de prover para família, credores, e negócios, Deus espera que todo o restante lhe seja devolvido através de doar aos necessitados.



Além destes quatros princípios bíblicos, Wesley reconhece igualmente que determinadas situações não são claramente especificadas. Nem sempre é evidente como o cristão deve utilizar o dinheiro do Senhor. John Wesley apresenta quatro perguntas para ajudar seus ouvintes a decidir como utilizar o dinheiro:

• Estou agindo como se eu tivesse isso, ou eu estou atuando como administrador do Senhor?
• O que as Escrituras falam sobre o gastar esse dinheiro dessa forma?
• Posso oferecer esta aquisição como um sacrifício ao Senhor?
• Será que Deus vai me recompensar por esse gasto na ressurreição dos justos?

Finalmente, para que os crentes se sintam perplexos, Wesley sugere esta oração antes de realizarem uma compra:

Senhor, tu vês que vou despender essa quantia em alimentação, vestuário ou mobiliário. E Tu sabes que eu ajo com um única visão, como um mordomo de teus bens, gastando essa parte com cuidado por tê-los confiado a mim. Tu sabes que eu faço isso em obediência à Tua Palavra, como ordenastes, e porque Tu ordenaste. Deixe isso, eu te suplico, ser um santo sacrifício, aceitável através de Jesus Cristo! E dê-me um testemunho em mim mesmo, que por este desafio de amor, eu receba uma recompensa quando Tu recompensares cada um segundo as suas obras.

Ele está confiante de que qualquer crente que tem a consciência limpa depois de orar estará usando o dinheiro sabiamente.

Christian History Magazine, edição 19.
Parte da tradução: Revda. Solange Gamboa

Fonte: Revista Expositor Cristão, edição de Abril/2012. Disponível para download em: http://www.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=2756

Artigo: Nossos pais adoravam nesse monte...

Adorar no monte, subir ao monte para orar tornou-se um  ato cativante e quase obrigatório para muitos cristãos.
Ao dialogar com a Samaritana Jesus ouve dela a expressão: "Nossos pais adoravam nesse monte”.  (Jo.4.19-23) Jesus replica-a afirmando que “dias virão em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade”.
Um dos atos fundamentais da fé cristã é adorar ao Senhor. Adorar é mais uma atitude interior do que exterior. Todavia, muitos hoje, vinculam o ato de adorar a “lugares quase sagrados”.
Gosto de ter  intimidade com Deus, de adorá-lo continuadamente. Um lugar distante, silencioso, para mim, pode ser de grande valia. Durante décadas, por ocasião das férias na praia, levantava às seis horas e ia caminhar visando  depois  subir numas pedras em Itanhaem (SP), onde ficava longo tempo em adoração e meditação. Muitas vezes fazia isso duas vezes por dia – no início e no final do dia.
Lembro-me quando pastor em Cunha, também em São Paulo, que está situada entre duas Serras, numa altitude elevada e com maravilhosa vista, que muitas vezes subia ao monte para adorar e orar. O silêncio, a vista contemplativa e o isolamento me cativavam.
Algumas vezes íamos em caminhada com um bom grupo da igreja local até  um “pico” de onde se tinha maravilhosa visão e um cruzeiro; lá celebrávamos...
Na época da Semana Santa, na madrugada do domingo de Páscoa, saíamos com o pessoal cantando músicas de ressurreição nas casas e bairros e no final, subíamos para a parte mais alta da cidade de onde celebrávamos com canto , alegria e vibração a Ressurreição de Jesus. Isso acontecia geralmente com o nascer do sol. Era algo radiante!
Tenho muita saudade dessa época e guardo na “retina de minha vida” esta cena e emoção, o gozo de uma eterna sensação. Sempre gostei da intimidade na comunhão com o Senhor e muitas vezes em locais onde a natureza é convidativa.
Jesus se retirava para os montes, algumas vezes vale, visando adorar, orar, por-se em comunhão com o Pai e descansar. Muitas vezes foi com os seus discípulos ao monte, retirando-se da multidão, ensinando-os e orando com eles.
Um dos textos mais significativos do Evangelho é o conhecido “Sermão da Montanha”, onde temos a essência dos ensinamentos de Cristo.
Estive duas vezes na Coréia onde dá-se grande importância à adoração e oração. Existem muitos acampamentos próximos de montanha, onde os fieis vão para orar. Há alguns lugares  bem preparados, com orientação, salas especiais, em montanhas maravilhosas. É uma significativa experiência!
Hoje fala-se muito em “orar no monte”. Um dia estando na Escola de Missões, no município de Teresópolis (RJ), na Primeira Região Eclesiástica, subi ao monte, onde hoje há um lugar especial de meditação, adoração e oração. Estando só, deitei-me no ponto mais alto de uma torre e fiquei a adorar, meditar e orar intimamente ao Senhor. Foi uma rica experiência!
Com  a ênfase dada em ir-se ao  “monte para orar”, algumas vezes chega-se a perder o sentido  da ida. O ir ao monte está ligado a uma autêntica atitude de adoração, meditação e oração íntima e comunitária. Todavia, muitos têm dado ao “monte” um destaque como um “lugar sagrado”. Se a pessoa não está no monte parece que falta algo, que não houve adoração e nem oração.
Corremos, se não tomarmos cuidado, de fazer do monte um “ídolo” dando-lhe um valor demasiado sagrado, que o próprio Jesus denunciou, pois devemos adorar em “espírito e em verdade”, intimamente.  Ao falar sobre a oração, Cristo nos disse: “Entra no teu quarto, fecha a tua porta, e no íntimo ora a Teu Pai...” (Mt.6.6)
Nas diversas religiões existem lugares sagrados, espaços sagrados, formas sagradas para orarem. Podemos, como cristão, de forma reverente ter as formas e atitudes as mais diferenciadas, sem contudo sacramentar umas e minimizar outras.
Lembro-me quando fui servir ao Exército e, ficando enfermo estive três meses e meio internado no Hospital Militar em São Paulo. Não me levantava e nem andava, passando todo o tempo deitado. Deitado eu lia, meditava, orava, adorava e tinha a minha intimidade com Deus. Fiquei até acostumado a essa posição para conseguir maior concentração. As pessoas enfermas e muito idosas adoram , oram  e meditam, em geral, na cama.
O(a) cristão(ã) carecem de vivenciar a “vida de piedade” através da leitura da Bíblia, da meditação, da oração, adoração e do colocar-se transparentemente diante  do Senhor. Assim devemos fazer diariamente e nos lugares mais tranquilos e inspiradores. Contudo, nem sempre conseguimos esses espaços, podendo entrar em comunhão com o Pai dirigindo, no trabalho de casa, e em diversas formas de atuar. O que não podemos é resumir a nossa  relação pessoal com Cristo a uma ida dominical à Igreja.
Um dia vi um grupo subir um monte para orar. De longe ouvia-se o grito dos que lá estavam, transmitindo mais uma atitude de desespero do que segurança no Senhor.
Israel  no seu espaço geográfico possuía significativo montes. Muitos deles tiveram importância na vida do povo. Porém, nenhum deles, diante da visão de Cristo, tornou-se um lugar sagrado, onde de forma mais significativa Deus se revelava. Houve, sim, no período inicial do povo de Israel, momentos em que Deus entregou a Moisés, no Monte, a Lei. Quando Moisés decidia falar com Deus, ia ao monte. Para ele ali era um lugar sagrado.
Houve também o questionamento dos “altos montes” onde estavam os “balaains”, e se oferecia nas árvores frondosas culto aos “deuses” através das sacerdotisas prostitutas. Os profetas condenam veementemente a ida aos montes.
Creio que devemos continuar indo ao monte, em especial os que gostam dessa atitude , mas tomando o cuidado de não fazer dele um “lugar sagrado”, onde temos “maior segurança” do que outros lugares. Se isso acontecer estaremos edificando um “novo ídolo”, o que contraria ao Pai.
Jeremias combateu a “falsa segurança” e a “idolatria do templo”, pois o povo andava de forma irregular, não obedecia e nem seguia as leis divinas e nem o adorava de coração. Mas, quando chegava no templo diziam: ”Templo do Senhor... Templo do Senhor... Templo do Senhor é esse!” Aqui estamos seguros e salvos. Isso não era verdade... (Jr. 7.1-15). É bom estar no templo. Louvar, adorar, confessar, edificar-se com a Palavra, viver na Unidade do povo, estar juntos e tendo tudo em comum, sendo soliddários. Mas isoladamente o templo nada representa, por maior, mais lindo e inspirador que seja, pois “Jesus é  maior do que o Templo”. Israel  está até hoje sem o templo e não é por isso que perdeu a sua vivência de comunhão com Deus, segundo a sua maneira de ver e ser.
Sim, “Jesus é maior do que o Templo!, do que “o monte”, do que “as pedras do mar” e os lugares mais lindos, pois  isoladamente nada disso tem significado, nem Jerusalém, nem em Samaria, nem a Palestina, ou os lugares sagrados de Israel, por mais históricos e inspiradores que sejam.
Tudo deve existir em função de Cristo e de adorar ao Pai em “espírito e em verdade”, sob a inspiração e unção do Espírito Santo. 

Nelson Luiz Campos Leite
Bispo Honorário da Igreja Metodista

Encontro Nacional de Capacitação para Mulheres da Igreja Metodista


Este encontro é uma oportunidade de diálogo e partilha de experiências de pessoas de atitude que buscam a transformação do cotidiano sob a perspectiva do Reino de Deus. O Encontro é aberto para todas as pessoas interessadas, especialmente as mulheres da Igreja Metodista.

Programação

15 de junho, sexta-feira
17h00     - Recepção
18h00     - Jantar
19h30     - Celebração de Abertura Federação de Mulheres da 3ª. RE
20h30    - Painel 1: As famílias nos caminhos da missão (introdução ao tema)  bispo Adriel de Souza Maia
21h30    - Dinâmica de Integração
Estudantes da FaTeo

16 de junho, sábado
7h30    - Café
8h30    - Devocional Centro Otília Chaves
9h00    - Painel 2: As famílias nos caminhos da missão: perspectiva bíblica
    Revda. Suely Xavier dos Santos
    Revda. Margarida Ribeiro
10h30    - Intervalo
11h00    - Painel 3: As famílias nos caminhos da missão: estudos de caso
    Revda. Angela Pierangeli
    Profa. Janice Bicudo Faria
12h30    - Almoço
14h00    - Grupos de Trabalho
    Oficina: Atividades Criativas
    Oficina: “As famílias nos caminhos da missão: ações em favor da vida”
Revda. Raquel Riquelme e Revda. Andreia Fernandes Oliveira
15h30    - Intervalo
16h00    - Grupos de Trabalho
18h00    - Jantar
19h30    - Noite Cultural
Federações de Mulheres da 1ª. e da 2ª. RE

17 de junho, domingo
7h30    - Café
8h30    - Painel 4: As famílias nos caminhos da missão: perspectivas pastorais
    Bispo João Alves de Oliveira Filho
10h00    - Avaliação
10h30    - Intervalo
11h00    - Celebração de Encerramento (Ceia do Senhor)
    Federação de Mulheres da 4ª. RE
12h00    - Almoço

Assessoras/es
Bispo Adriel de Souza Maia, Bispo Emérito de Igreja Metodista, Editor do “No Cenáculo”
Revda. Andreia Fernandes Oliveira, pastora metodista, Coord. do Depto Nacional de Escola Dominical; Revda. Ângela Pierângeli, psicóloga e pastora metodista; Profa. Janice Bicudo Faria, psicóloga, leiga metodista; Revda. Margarida Ribeiro, pastora metodista e Coordenadora do Centro Otília Chaves; Bispo João Alves de Oliveira Filho, Bispo Emérito de Igreja Metodista.

Revda. Raquel Riquelme, pastora da Igreja Metodista do Chile
Revda. Suely Xavier dos Santos, pastora metodista e Coordenadora do Centro Otília Chaves

Coordenação:
Centro Otília Chaves
Revda. Margarida Ribeiro
Revda. Suely Xavier dos Santos

Como se Inscrever
Para participar do Encontro Nacional de Capacitação de Mulheres da Igreja Metodista, basta entrar em contato pelo site http://www.metodista.br/centrootiliachaves ou Tel.: (11) 4366-5978    Fax: (11) 4366-5962    E-mail: eventosfateo@metodista.br. As Regiões Eclesiásticas da Igreja Metodista, por meio da FaTeo, oferecem bolsa hospedagem e alimentação e os/as participantes efetuam o pagamento da participação nas atividades (inscrição parcial). Interessados/as devem entrar em contato com a Sede de sua Região. Participantes bolsistas devem efetuar o pagamento de inscrição parcial.

INSCRIÇÃO ATÉ O DIA 01 DE JUNHO

VALOR DO CURSO
Parcial: (participação nas atividades, com certificado): R$ 40,00
Bolsista da Igreja Metodista: (participação + hospedagem + alimentação + certificado): R$ 40,00
Integral: - R$150,00 (participação + hospedagem + alimentação + Certificado)
OBS: TRAZER ROUPA DE CAMA
O valor da inscrição deverá ser depositado no Banco Santander, conta corrente 13.00050-1, agência 3818. A inscrição só será efetivada me¬diante comprovação do depósito.
Remeta estes dados por fax, Correios ou e-mail juntamente com cópia do comprovante de depósito para:

Faculdade de Teologia da Igreja Metodista/Secretaria de Eventos:
Rua do Sacramento, 230 – Rudge Ramos 09640-000 – São Bernardo do Campo – SP
Tel.: (11) 4366-5978    Fax: (11) 4366-5962    E-mail: eventosfateo@metodista.br